sexta-feira, 13 de abril de 2012

[Lisboa] Dia 02 | Fátima, Batalha, Alcobaça...

Here Comes The Sun by Colbie Caillat on Grooveshark

Cansaço define, mas isso é sinal de que aproveitei (e bem) o dia de hoje, certo? Pois bem, cá estou! 

Dizer que o dia começou cedo seria piada, se não fosse verdade, as 07:00 eu já estava de pé e quase arrumada, nossos passeios (e foram vários) começaram de manhã e só terminaram no começo da noite. Começamos por Fátima, que era o sítio mais longe (ai meu Deus, tô começando a falar que nem Português), ha aproximadamente 90 minutos de Lisboa, mas depois que eu vi meu Guia, nem me importei, a viagem podia ser pra China andando *-* (delicia todinha, e se não bastasse isso era fofo, educado, simpático e com um inglês perfeito).



Fátima:
O Santuário de Fátima é ENORME (não sei se é maior que Aparecida do Norte, a Igreja com certeza não é), muito, muito espaço mesmo. Logo que se chega, pra quem vem do estacionamento, damos de cara com duas Igrejas. Do lado esquerdo a Basílica de Nossa Senhora de Fátima e, do lado direito, a da Santíssima Trindade. É ainda do lado esquerdo, na direção da Basílica, que encontramos as velas para serem acendidas e o velário, além da Capela das   Aparições, que foi construída exatamente no local em que Nossa Senhora de Fátima apareceu para Jacintha, Francisco e Lucia (a capela foi construída atendendo à um pedido feito pela Santa). 
Apesar de todo espaço e de toda grandiosidade das construções, tudo ali é extremamente simples, a própria Basílica de Nossa Senhora de Fátima, no seu interior, é de uma simplicidade comovente. Dentro dela também estão sepultadas as crianças. Um outro atrativo (pelo menos pra mim, que sou viciada em história de guerra) é a presença de um pedaço do Muro de Berlin, que foi trazido à Fátima após a sua queda, comprovando o segundo mistério revelado.

Ah! E que fofa, uma Senhora, do lado de fora do Santuário, enquanto minha mãe fazia comprinhas, viu minha tatuagem de "Tau", no pulso esquerdo, e me deu um, com os nós franciscanos. *-*

 






Batalha:
Batalha fica ha aproximadamente 30 minutos de Fátima. Lá visitamos o Mosteiro da Batalha (como é conhecido o Mosteiro de Santa Maria da Vitória. O mosteiro foi construído entre os séculos XIV e XVI por ordens do Rei D. João I em cumprimento à uma promessa feita por ele. Segundo reza a história, D. João I prometeu que, caso Portugal vencesse a batalha de Aljubarrota (contra a Espanha), ele mandaria erguer esse Mosteiro em homenagem, e assim o fez. O prédio não está totalmente terminado porque durante a construção do Mosteiro dos Jerônimos faltaram pedras, que foram levadas desse sítio até o outro para o término da construção, e assim esse Mosteiro ficou "defasado" em matéria prima. Segundo o guia, assim ficará. (E pra ser sincera, achei bem bonito assim mesmo). Na entrada existe uma estátua do general responsável por guiar o exército português nessa batalha e, lá dentro, estão os corpos do general e do arquiteto responsável pela obra, assim como de outras figuras importantes dessa história, como o Marechal responsável por salvar a vida de D. João I.


Alcobaça:
Estranho ou não, em um roteiro que inclui Fátima, a minha principal atração sempre foi Alcobaça. Não por nada, nem que eu não quisesse ir à Fátima, lógico que queria, mas Alcobaça sempre teve um lugar especial no meu coração, principalmente pela história de amor verdadeiro entre D. Pedro I (na contagem da linhagem real Portuguesa) e Dna. Inês de Castro, história essa que eu ouvi no cursinho, em uma aula de literatura (sobre Camões) e nunca mais esqueci. Em síntese: D. Pedro I deveria casar-se com a Princesa da Espanha, de forma a permitir a união dos dois reinos, que se tornaria mais forte diante de um inimigo comum: o Rei de Castela. Acontece que quando a tal Princesa deu as caras pelos lados de Portugal, pra conhecer o Príncipe, ela trouxe consigo suas criadas, entre elas a Dna. Inês de Castro, que era não apenas criada, mas também "escrava branca", tudo porque era filha de uma figura importante ligada ao Rei de Castela, inimigo de todo mundo ai. Como já era de se esperar, D. Pedro I e Dna. Inês de Castro cairam de amores imediatamente, mas não puderam se casar por todo o impedimento que existia, então D. Pedro casou-se com a Princesa de Espanha, mas nunca deixou de encontrar-se com Dna. Inês de Castro, até que a Princesa morreu e ele viu nisso a chance de se casar com Dna. Inês, mesmo que em segredo, e assim o fez. Tudo seria lindo se o Rei D. Afonso IV não tivesse descoberto e ordenado que três assassinos a matassem, e assim o fizeram, na cidade de Coimbra. Cinco anos depois, com o falecimento do Rei, D. Pedro I assume a coroa Portuguesa e ordena que Dna. Inês de Castro seja desenterrada e coroada Rainha ao seu lado (ela é a primeira e única Rainha coroada depois de morta). Ainda, antes de mandar matar os três assassinos, ele mandou que os homens beijassem a mão de Inês (morta). Seu corpo foi, então, enterrado dentro do Mosteiro e Alcobaça, em um mausoléu que foi construído de frente (pé a pé) com o dele, pois D. Pedro I acreditava que, no dia do juízo final, quando todos voltassem da morte, ao se levantarem, eles se veriam novamente como na primeira vez. *-*

Dito isso, o Mosteiro é lindíssimo, ótimo pra excelentes fotos.





Nazaré:
Vilarejo praiano com uma vista de tirar o fôlego, pena que eu não pude aproveitar tudo isso por causa do tempo, que estava fechado, frio e feio. Ah! Sem contar a chuva, mas se mesmo assim era lindo, imagino que no verão ou num belo dia de sol seja de tirar o fôlego. O vilarejo é pequeno e tem uma Igrejinha de Nossa Senhora de Nazaré lindíssima, toda trabalhada em dourado, pena que não pode tirar foto.




Óbidos:
Mais um vilarejo, dessa vez completamente medieval. Óbidos foi tomada pelos Mouros e fez parte dos dotes de casamento de inúmeras rainhas antes de integrar o Patrimônio Português. Por ser tombado pela UNESCO, todas as casas devem manter a fachada original, podendo haver alterações apenas internas, o que dá um ar antigo e bucólico pra vila, que conserva as características medievais. Lá de cima a vista é linda, e a muralha é super intrigante, dá vontade de tirar foto de cada tijolinho da quele, sem contar o sem número de Igrejas que encontramos num espaço super pequeno. Vale a visita, mas não mais que 2 horas.




Ufa! Não falei que o dia hoje foi longo? Pois é! 

Fotos tiradas por @dannynhamansani

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