Cansaço define, mas isso é sinal de que aproveitei (e bem) o dia de hoje, certo? Pois bem, cá estou!
Dizer que o dia começou cedo seria piada, se não fosse verdade, as 07:00 eu já estava de pé e quase arrumada, nossos passeios (e foram vários) começaram de manhã e só terminaram no começo da noite. Começamos por Fátima, que era o sítio mais longe (ai meu Deus, tô começando a falar que nem Português), ha aproximadamente 90 minutos de Lisboa, mas depois que eu vi meu Guia, nem me importei, a viagem podia ser pra China andando *-* (delicia todinha, e se não bastasse isso era fofo, educado, simpático e com um inglês perfeito).
O Santuário de Fátima é ENORME (não sei se é maior que Aparecida do Norte, a Igreja com certeza não é), muito, muito espaço mesmo. Logo que se chega, pra quem vem do estacionamento, damos de cara com duas Igrejas. Do lado esquerdo a Basílica de Nossa Senhora de Fátima e, do lado direito, a da Santíssima Trindade. É ainda do lado esquerdo, na direção da Basílica, que encontramos as velas para serem acendidas e o velário, além da Capela das
Aparições, que foi construída exatamente no local em que Nossa Senhora de Fátima apareceu para Jacintha, Francisco e Lucia (a capela foi construída atendendo à um pedido feito pela Santa).
Ah! E que fofa, uma Senhora, do lado de fora do Santuário, enquanto minha mãe fazia comprinhas, viu minha tatuagem de "Tau", no pulso esquerdo, e me deu um, com os nós franciscanos. *-*
Batalha:
Estranho ou não, em um roteiro que inclui Fátima, a minha principal atração sempre foi Alcobaça. Não por nada, nem que eu não quisesse ir à Fátima, lógico que queria, mas Alcobaça sempre teve um lugar especial no meu coração, principalmente pela história de amor verdadeiro entre D. Pedro I (na contagem da linhagem real Portuguesa) e Dna. Inês de Castro, história essa que eu ouvi no cursinho, em uma aula de literatura (sobre Camões) e nunca mais esqueci. Em síntese: D. Pedro I deveria casar-se com a Princesa da Espanha, de forma a permitir a união dos dois reinos, que se tornaria mais forte diante de um inimigo comum: o Rei de Castela. Acontece que quando a tal Princesa deu as caras pelos lados de Portugal, pra conhecer o Príncipe, ela trouxe consigo suas criadas, entre elas a Dna. Inês de Castro, que era não apenas criada, mas também "escrava branca", tudo porque era filha de uma figura importante ligada ao Rei de Castela, inimigo de todo mundo ai. Como já era de se esperar, D. Pedro I e Dna. Inês de Castro cairam de amores imediatamente, mas não puderam se casar por todo o impedimento que existia, então D. Pedro casou-se com a Princesa de Espanha, mas nunca deixou de encontrar-se com Dna. Inês de Castro, até que a Princesa morreu e ele viu nisso a chance de se casar com Dna. Inês, mesmo que em segredo, e assim o fez. Tudo seria lindo se o Rei D. Afonso IV não tivesse descoberto e ordenado que três assassinos a matassem, e assim o fizeram, na cidade de Coimbra. Cinco anos depois, com o falecimento do Rei, D. Pedro I assume a coroa Portuguesa e ordena que Dna. Inês de Castro seja desenterrada e coroada Rainha ao seu lado (ela é a primeira e única Rainha coroada depois de morta). Ainda, antes de mandar matar os três assassinos, ele mandou que os homens beijassem a mão de Inês (morta). Seu corpo foi, então, enterrado dentro do Mosteiro e Alcobaça, em um mausoléu que foi construído de frente (pé a pé) com o dele, pois D. Pedro I acreditava que, no dia do juízo final, quando todos voltassem da morte, ao se levantarem, eles se veriam novamente como na primeira vez. *-*
Dito isso, o Mosteiro é lindíssimo, ótimo pra excelentes fotos.
Nazaré:
Óbidos:
Mais um vilarejo, dessa vez completamente medieval. Óbidos foi tomada pelos Mouros e fez parte dos dotes de casamento de inúmeras rainhas antes de integrar o Patrimônio Português. Por ser tombado pela UNESCO, todas as casas devem manter a fachada original, podendo haver alterações apenas internas, o que dá um ar antigo e bucólico pra vila, que conserva as características medievais. Lá de cima a vista é linda, e a muralha é super intrigante, dá vontade de tirar foto de cada tijolinho da quele, sem contar o sem número de Igrejas que encontramos num espaço super pequeno. Vale a visita, mas não mais que 2 horas.
Ufa! Não falei que o dia hoje foi longo? Pois é!
Fotos tiradas por @dannynhamansani
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