domingo, 17 de novembro de 2013

Questão de Opinião...

Olha, eu não costumo fazer isso, acho que cada um gosta de quem quiser, da música que melhor gostar, da banda que lhe convier.

Cada legião de fãs é única e o amor que sentem pelos seus artistas favoritos não pode e nem deve ser questionado, mas eu to realmente de saco cheio das pessoas fazendo comparações vazias entre os Backstreet Boys e o One Direction sem levar em conta que não há comparação a ser feita e não digo isso em termos de talento ou coisa que o valha, mas porque as circunstancias e situações são incomparáveis.

A realidade de 2013 não é, nem de perto, igual a de 1993.

Eu vejo a mídia insuando que os Backstreet Boys estão com inveja do One Direction porque esses estão mais na mídia, mais em evidência que aqueles, mas o fazem sem razão, distorcendo as palavras ditas pelos norte-americanos em entrecista recente. Quando eles dizem que o One Direction teve um caminho mais fácil não é inveja ou dor de cotovelo, é a realidade. Em termos simples, vejamos:

Quando os Backstreet Boys surgiram em 1993 não existiam reality shows musicais que criam astros e os jogam, imediatamente, a mídia. Vencendo ou perdendo os participantes desses programas se tornam celebridades instantâneas. Os BSB, por outro lado, surgiram de uma ideia que poderia, ou não, dar certo. Deu, graças a Deus, mas o fato de terem se tornado um grupo não os tornou celebridades do dia pra noite, não os colocou na mídia e eles tiveram que ralar pra caramba pra conseguir fazer que os primeiros olhos os vissem e mais ainda pra fazê-los ver que esses meninos realmente cantavam ao invés de serem só mais rostinhos bonitos e corpinhos dançantes.

Hoje ser boy band é pop, é legal, é "moda". Em 1993 e até muito pouco tempo ser boy band era ser um grupo de gatinhos que não tinham o menor talento e se escondiam atrás de coreografias e beleza. Era de ter provar diariamente, a cada chance, que sim, eles saban (sabem) cantar.

Em 1993 quem tinha youtube pra arrecadar milhões e milhões de visitas e viewers em um único video, atraindo, também, a atenção dessa mídia instantânea? Ninguém! Se você quisesse ver um clipe do seu artista favorito você tinha que sentar e rezar pra MTV passar e ai, se quisesse ver de novo, gravar em VHS e ter um video cassete.

Quem tinha Twitter/Facebook/Tumblr e tantas outras rede sociais pra se aproximar dos fãs? Ter com eles uma relação mais próxima era só em sonho. Nós, fãs de Backstreet Boys somos da época de mandar carta pra caixa postal e esperar que, um dia, quem sabe eles ao menos lessem, responder era tão surreal que a gente nem imaginava.

Nós não tinhamos google, Perez Hilton, TMZ, E! E tantos outros sites e canais especializados em celebridades pra nos contar a última cueca que um deles comprou. A gente tinha que garimpar bancas e mais bancas de jornais atrás de qualquer coisa e qualquer coisa nos satisfazia. Não existia Amazon (ou pelo menos não de forma tão acessível e democrática) e outros tantos sites de venda internacional, era rezar pro CD chegar aqui, o que até hoje a gente faz, porque essa mesma mídia babaca que chama essas diferenças de gerações, circunstâncias e situações de inveja e dor de cotovolo é aquela que não toca a música quando você pede porque não lhes é conveniente, talvez? Então pra que falar que os Backstreet Boys estão fora da mídia se ela mesma os mantém fora, mesmo sabendo que eles continuam em plena atividade, gravando CDs, excursionando, promocionando, enxendo arenas que estão longe de serem pequenas (como a O2, de Londres ou a MAN de Manchester).

A inveja, o preconceito e a picuinha é criada por esse bando de midiáticos que distorce as declarações porque polêmica vende mais que pensar que o mundo mudou, as pessoas mudaram, a indústria musical está diferente, dinâmica, cibernética.

Talento a parte, competência de lado, o One Direction teve sim um caminho mais fácil em que metade do trabalho foi feito pelas redes sociais e fãs, mas isso não denigre em nada o sucesso deles e os Backstreet Boys sempre reconheceram isso e em mais de uma oportunidade lembraram que os querem bem, que os desejam sucesso e que as épocas e circunstâncias em que ambos os grupos surgiram são diferentes, incomparáveis.

Então chega! Cada um no seu lugar, cada fã com seu ídolo e parem que distorcer e comparar o incomparável. Ninguém compara Beatles com Boyz II Men, NKOTB com N'sync, então parem de criar atrito onde não existe. Que se respeitem os 20 anjos, brigados, de carreira dos Backstreet Boys, que não precisam ficar envenenando ninguem pra aparecer na mídia e vender álbuns. Quem precisa de conflito é esse povo imundo de rádio e revista.

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