terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Voe Azul, não voe nada!




Você passa dias, meses se organizando pra aproveitar uma viagem agradável. Programa as passagens, faz as reservas e no momento do vôo a grande surpresa: a empresa, por livre e espontânea vontade, sem qualquer tipo de comunicação prévia, altera todos os seus planos segundo a sua própria vontade/necessidade.

Foi exatamente isso que aconteceu, ontem: a Cia. Aérea Azul fez da minha viagem de volta pra casa um verdadeiro INFERNO! Uma viagem que deveria, em regra, durar aproximadamente cinco horas (contando o tempo de conexão e espera) se estendeu para doze, DOZE horas de uma viagem cheia de más informações, informações incompletas, descaso e descuido por parte da empresa.

Quando programei minha viagem havia escolhido retornar a São Paulo, via Governador Valadares, as 14:30, chegando em Viracopos (Campinas) às 19:00. Perfeito. Pegaria o transporte da cia aérea e minha mãe me encontraria para me trazer pra casa. Liguei para a empresa, confirmei meus dados, meu vôo e tudo estava na mais perfeita ordem, até eu chegar ao aerporto da cidade, as 13:30 e pedir pra fazer o check-in.

Visivelmente sem graça a funcionária Fernanda me informou que meu vôo havia sido "cancelado" e que a minha ÚNICA opção seria voar as 18:10, chegando em Viracopos as 22:17. Sem entender absolutamente nada perguntei porque não fui informada disso quando liguei para confirmar os dados do vôo, ao que ela me disse que não sabia. Assim como não sabia nada. A partir dai minha vida virou um inferno. O sistema não aceitava as mudanças de vôo, o aeroporto, que é pequeno, enchendo, o calor típico de Valadares em seu apogeu e as pessoas se amontoavam. Durante todo o tempo em que estive no aeroporto, derretendo no calor, ninguém da companhia sequer veio perguntar se estávamos bem ou se precisávamos de um copo d'água, apenas nos diziam que poderíamos entrar na sala de embarque (onde não há sequer um bebedouro) pois lá havia ar condicionado. Ar condicionado que não deu conta quando a sala encheu.

No vôo a "alimentação" oferecida foi um pacotinho de 30g de amendoim. Ponto. 

Chegando em Pampulha os funcionários não sabiam de onde vinhamos e nem para onde íamos. Quando questionei a funcionária sobre onde pegaria o transporte gratuito que a empresa disse que colocaria a nossa disposição ela me perguntou se era a respeito do vôo cancelado de Uberlandia e quando disse que não, que era de São Paulo, ela ficou sem saber o que me dizer. Eu? Segui o fluxo. Eu tinha pouco mais de uma hora pra atravessar a cidade de Belo Horizonte e chegar em Confins que fica longe. Corri. Cheguei no balcão da Azul e fui fazer o despacho de bagagem. E não foi surpresa ver que a funcionária não entendia porque eu, em conexão, tinha que fazer novo despacho de bagagem. Ela sequer se deu ao trabalho de digitar no sistema pra ver. Informada de que eu vinha de Pampulha devido a um vôo cancelado a resposta foi "ah bom".

Finalmente embarquei e mais uma vez a alimentação, para quem estava desde as 13:30 correndo atrás de aeroporto em aeroporto foi 30g de batata frita. Aquela mesma que vem mais ar do que batata. Minha saga  aeroportuária só teve fim as 00:15, quando cheguei em Congonhas, depois de pegar mais um ônibus, e ser resgatada pelo Daniel que, gentilmente, saiu da sua casa tarde da noite indo me buscar para me trazer até em casa, longe da dele, por sinal.

Uma viagem que deveria durar 5 horas, passando por 3 aeroportos, durou 12 passando por cinco, CINCO aeroportos, devido ao descaso da companhia aérea, ao amadorismo e ao desrespeito com o consumidor, não dando qualquer opção a não ser aceitar essa "generosa" oferta de ter de ficar mendigando para voltar pra casa. 

Dor de cabeça era o que menos me encomodava a essa altura dos acontecimentos. A indignação se misturava com a minha fome e eu tava a ponto de enlouquecer, o que aconteceria se, de fato, eu tivesse de esperar mais 1h45 para pegar o ônibus para o aeroporto de Congonhas, como me havia sido informado. Aliás, informação essa que eu tive que arrancar a força, visto que, segundo os atendentes, "não tem como ver o horário dos ônibus pelo sistema", e ai eu pergunto: "Pra que raios serve esse sistema, então? Se ele não serve pra confirmar os vôos, já que as confirmações não se concretizam, e nem pra dar informação sobre os serviços por ele prestados, pra que serve?"

Finalmente cheguei em casa, quase 1:30 da manhã. E ai acordo com uma piada no email: "Pesquisa de satisfação da Azul." Mas nem a pesquisa deles presta, já que no momento de confirmar ela dá erro. Dá pra acreditar numa empresa assim?



Não, não dá! Por isso minha dica é: se você tem a opção de voar com qualquer outra empresa: TAM, GOL, AVIANCA, qualquer coisa que tenha asa e que NÃO seja a Azul, faça isso e economize tempo, saúde e boa viagem.

Tenho que deixar aqui registrado que já faço esse trecho ha alguns anos, sempre com a empresa TRIP e NUNCA tive qualquer problema. Os horários eram cumpridos de forma religiosa, o serviço de bordo e atendimento de solo eram impecáveis e minha viagem era muito agradável, mas infelizmente a empresa foi comprada pela AZUL e o resultado foi esse desastre que eu vivi.

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