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segunda-feira, 24 de julho de 2017

O dia em que eu perdi minha voz...

20.07.2017, dia do amigo. Final da tarde e eu tava revendo as fotos da minha última viagem. Eu tinha acabado de abrir o Spotify e colocar "One More Light" pra tocar. Eu tinha acabado de abrir uma foto em que eu estou na frente da Warner Music, em Los Angeles, comemorando o lançamento do último álbum do Linkin Park, quando recebi a mensagem "Quem do LP morreu?"

Minha reação automática foi um sonoro "Quê???". Eu já nã conseguia mais digitar direito e, as poucos, quase que em câmera lenta, as notícias e mensagens foram chegando e a esperança, aos poucos, sumindo... De uma hora pra outra eu perdi a minha voz.

A voz que desde os meus 16/17 anos cantavam os meus medos, frustrações, batalhas internas; a voz que me mostrou a luz no fim do túnel, que com seus gritos de raiva e angústia me mostraram que era "Ok" extravazar, que o copo estava sempre meio cheio pronto para transbordar e que quando esse momento chegasse eu não estava só. Minha dor, medo e incertezas eram compreendidas e partilhadas. 

A voz que tornou mais fácil respirar.

A voz que sabia ser doce e melodiosa e tocar um lugarzinho escondido dentro de mim reservado só pra ele.

Eu nunca soube que perder alguem "que nem te conhece" pudesse doer tanto, mas dói. De uma forma estranhamente surreal é como se, na verdade, ele conhecesse à mim... à todos nós. Dia 20.07.2017 ficamos todos um pouco órfãos.

Eu nunca vou esquecer o sorriso sincero, a voz baixa e o jeito carinhoso com que ele tratou cada um dos fãs na única e abençoada oportunidade em que eu tive de estar cara-a-cara com ele.

É estranho sentir tanto. O último show em São Paulo foi o único em que eu não fui e não haverá um próximo. Não terá uma próxima música, o próximo grito, o próximo acorde. Eu perdi a minha voz.

É difícil pra mim escrever enquanto na cabeça só tenho um grande numero de "por que?", "como" e "ai que merda". Talvez eu ainda esteja em negação ou só tentando processar tanta informação, tanta emoção e organizar tudo de modo que eu possa seguir. Esse texto, meio sem pé nem cabeça é exatamente como eu me sinto.

Talvez tudo que eu quisesse realmente dizer seja:

"Dear Chester, if from up above you can read this know that you're missed by millions. You once sang "when my time comes... help me leave behind some reasons to be missed" so be sure you left a thousand reasons. You left your talent, passion and love. You helped lots of us to strand strong, you taught us how to fight the darkness, to keep going, to believe in better days. You gave us voice and hope. You gave us light. Unfortunately we couldn't give it all back to you and help you the way you needed and deserved, bout even your final choice will help us. Help us to learn the signs, to open up, to seek help and to help each other to be better, be stronger. We'll carry your legacy and we'll treasure you forever. Your songs and sweet angry shouts will always be my voice in times of need. Keep shinning your light on us, be our "one more light" from whenever you are. Thanks for your days here with us, for everything you did and represented to each and every one that had the honor to meet you for a second or a lifetime. Hope your soul find the peace it sought here and never found. Sending my love your way and to all your family and friend my heartfelt condolences. With love, Danielle."

#RIPChester


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Depois da clausura, a liberdade!

Hello people, hello world, oi bloguitcho!

Depois de um longo e tenebroso inverno, de um tempo afastada desse louco mundo virtual, e não só dele, mas do meu mundo real também, estou voltando.

Minha recuperação ainda está em andamento, ainda faço curativos todos os dias e cuido pra que tudo fique bem, mas já consigo fazer algumas coisas como sentar, deitar e... sair.

Depois de dois meses, ou quase isso, de clausura, onde minhas únicas saidas eram pra ir ao médico ou à casa da minha avó, minha tia, ou algum outro lugar onde eu pudesse ficar deitada, finalmente pude sair, simplesmente sair, e não foi um passeio qualquer, consegui ir até Itu, interior de São Paulo, assistir ao show do Linkin Park.

Pode parecer estranho uma fã de Backstreet Boys dizer isso, mas todo mundo tem seu lado negro da força, né? E o meu nem é tão negro assim, apesar do som parecer agressivo, as letras são legais, quase todas depressivas e muitas delas me definem de um modo particular. A minha favorita? "Leave out all the rest" que, infelizmente, eles não tocaram =/ Mas tudo bem, quem sabe da próxima vez...

Minha saga pra chegar até lá? Ah! Essa foi, no mínimo, divertida.

Longe de casa e num espaço totalmente aberto, já tinha "desistido" de ir até lá (mais ou menos, mesmo quando me convenci de que não poderia ir, continuei procurando ônibus e acomodação) por diversas razões, desde a questão logística até o famoso "money que é good nóis num have", mas, como diria minha sábia mãe: "Quem tem amigo não morre pagão", ainda mais quando seu amigo é mais criança que você (é um elogio, Dani) e, por sorte, a banda que ele quer ver vai se apresentar exatamente no mesmo dia que banda que você quer ver (\o/); e assim eu consegui companhia pra ir até lá (e junto com ela, a carona).

Eu e Dani, Dani e eu (sim, uma dulpa de Dani's) fomos comprar os ingressos (pista comum mesmo) no meio do mês de setembro e depois foi só esperar o dia 11 de outubro chegar. Ele queria ver Pixies e eu, Linkin Park.

Saímos aqui de casa umas 18:00 horas rumo à Rodovia Castelo Branco, procurando por uma tal Rodovia Archmedes Lammoglia (pelo menos era isso que tinha no mapa que eu imprimi do site oficial do evento, né), agora, perguntem se eu vi o tal do Archmedes... Nem na ida e nem na volta, o que fez com que tomassemos uma pequena "rota alternativa" (leia-se, nos perdemos) que nos levou ao centro de Itu, onde pegamos informação no único posto de gasolina que eu acho que existe naquela cidade. A recomendação dada pelo frentista foi: "O Sr. vai voltar nessa estrada (a mesma de onde tinhamos acabado de sair) e pegar a Estrada da Taperinha..."

Então tá, né, lá fomos nós... E pegamos a Estrada da Taperinha... Pensem numa pessoa que teve uma crise de riso _o/

A estrada era mais estreita que o corredor da casa de qualquer um de nós, placa? Pra que placa se nem luz tinha? Alguém avisou que a eletricidade já foi inventada? Eu tava esperando a momento em que sairia um viadinho (animal) de dentro do mato e ficaria parado na frente do carro olhando com aqueles olhinhos brilhando, sabe? Cena de filme? E o Dani dizia: "Aventura, Danny, aventura."

Algumas voltas "a mais" depois, finalmente chegamos no estacionamento do Maeda e... a aventura não tinha acabado. Dois meninos chegaram na janela do motorista e disseram: "Moço, você não quer dar carona pra gente até o evento e a gente ajuda voces também?" (quanto mais pessoas no carro, mais barato era o estacionamento). Pense numa pessoa que gelou de medo... Pensaram? _o/

Eu, com essa mentalidade fértil, vi os meninos tirando uma faca e sequestrando a gente pro meio daquelas plantações infindáveis de eucalipto, onde já se viu dar carona pra duas pessoas que você nunca viu mais gorda (e nem mais magra)???

Sobrevivemos e depois de 2km de caminhada, chegamos na arena. No palco água se apresentava a banda Incubus, enquanto o palo ar (teoricamente) se preparava pra apresentação de Queens of the Stone Age. Showzinho esse que atrasou mais de 1h devido ao "delay técnico" (¬¬°). Quando esse maldito show começou, eu já queria que tivesse terminado.

PUTA BANDA CHATA DO CARALHO! #prontofalei (desculpa quem gosta, tem gosto pra tudo). Dani perguntou pra mim: "Tá gostando ou é muito barulho?" Muito barulho é meu vizinho fazendo reforma, aquilo deve ser a filial do inferno, pelo amor de Deus, mas tudo bem, não tinhamos ido lá pra ver eles mesmo, e já estavamos posicionados em frente ao palco água esperando pelos Pixies (e nessas horas você vê um marmanjo de quase 50 anos - exagerei - virar criança), show que começou logo em seguida, já que, eficientes, já tinham tudo preparado.

Ai ai, enquanto o Daniel curtia horrores esse show (e eu até cantei uma música, que eu conhecia e nem sabia que era deles), eu lutava pra não ficar noiada com a quantidade de gente fumando maconha do meu lado. Não, não estou exagerando. Como eu disse: "Se maconha fosse fonte de energia sustentável, o SWU seria a nova Itaipu." (e essa nhaca desse cheiro ficou impregnado, eu lavei meu cabelo - acabei com a minha escova - tomei banho, troquei todas as roupas e ainda sentia, que inferno) Tinha um tiozinho tão loko, mas tão loko que ele só não foi conhecer o sabor do chão de terra da arena porque ele caiu em cima do Daniel, senão...

75 minutos depois, era minha vez de surtar. Tentando sair da muvuca do show dos Pixies, ouvi a introdução pro show do Linkin Park e quando finalmente cheguei "mais perto" do palco ar, eles já cantavam a primeira canção do show... ♪ From the front to the back and side to side, if you feel what I feel put'em up real high ♫

Apesar de ter ficado lá em cima e bem longe do palco, tinha uma visão limpa do telão e o som estava ótimo, ali pude curtir todo o show. Cantei todas as músicas, dos hits (Numb, In the End, Crawling, Breaking the Habit, Papercut, Shadows of the Day, What I've done, New Divide, One step closer etc) até as músicas do álbum mais novo (The Catalyst, The messenger, Waiting for the end...), gritei tudo que podia, pulei até dizer basta (enquanto o Daniel pensava no meu curativo, tadinho). 

(PS: Dani, não fica bravo comigo, nem chateado, mas, eu fui assistir ao show "com segurança". Eu olhava pra trás e tava você, grande desse jeito, todo de preto, com os braços cruzados, tava engraçado kkkkkkkkkkkkkkkkkk)

Depois de dois meses de clausura, finalmente a liberdade. Sai de lá de alma lavada, nada melhor do que cantar em alto e bom tom (leia-se, berrar) as suas músicas favoritas e ninguém te apurrinhar por isso.

Cheguei em casa as 05:00 da manhã (depois de uma paradinha básica no McDonalds - e estava tocando Backstreet Boys), cansada, suuuuuuuuuuuja toda vida (tinha terra até #prefironaocomentar), mas feliz!

Dani, você nunca lê meu blog, mas se ler, muito obrigada por ter feito o sacrifício de ouvir LP, por ter me levado e me aguentado. Thanks a lot!