Sabe aqueles dias (semanas, meses, anos) em que você sente uma falta quase que incontrolável de ganhar um carinho, um afago, um elogio sincero, um abraço apertado, uma troca de olhares cúmplices, uma gargalhada alta que ecoa na alma, que te faz sorrir por muito tempo a cada nova lembrança? Pois é, eu ando assim.
Sinto falta desses dias especiais, dos dias que vão ficar guardados na memória, no coração. Sinto falta do amor desinteressado, do carinho sincero, da palavra que acalma, que afaga, que desperta, que espanta. Sinto falta de dias que ficaram pra trás, de dias que não chegaram, de dias que foram sufragados, engolidos, esquecidos. Dos dias que eu quis, e desisti. Dos dias que eu não quis, mas que não tive escolha.
Sinto falta de momentos que me façam vibrar, que me façam querer sonhar, viver, cantar. Sinto falta de ouvir músicas porque era só músicas, melodias, sem letras, sem códigos. Sinto falta de sonhar com planos, que poderiam até nunca sair do papel, mas que de alguma forma me faziam sair de mim, flutuar, sorrir com a possibilidade.
Sinto falta de mim, de quem eu fui, de quem eu poderia ter sido. Me perdi, em algum momento do caminho, mas ainda não fui capaz de me reencontrar. Eu tento, eu vejo uma luz no fim do túnel, eu sei pra onde ir, eu tento ir, mas eu caio nas minhas próprias armadilhas, nos meus velhos medos, eu me escondo como uma menina boba de 5 anos de idade. Ah, meus 5 anos... Saudades de quando tudo que eu tinha que fazer era acertar as cores da bandeira do Brasil, na escola.
* Fica a dica da música que me ajudou a escrever o texto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário